Publicado em: 20/12/2019 14:04:47

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“Ando de cabeça erguida e nunca usei dinheiro ilegal” disse Ricardo Coutinho em visita a Sousa-PB antes de ser preso - OUÇA - Foto: Arquivo/autoral
Foto: Arquivo/autoral
O ex-governador Ricardo Coutinho que teve sua prisão mantida após audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (20) esteve acerca de 10 dias atrás na cidade de Sousa, no alto sertão da Paraíba, participando de um evento junto a UFCG, onde esteve proferido palestra no campus universitário em Sousa.

Na ocasião, ele também prestou entrevista e foi abordado sobre as investigações envolvendo a “operação Calvário”. 

A imprensa local, o ex-governador mostrou certa tranquilidade ao responder sobre o tema e ainda disse em determinado momento que estava de cabeça erguida e particularmente nunca usou recursos de forma ilegal

“com relação aos eventos da Operação Calvário, tem uma coisa que eu carrego com a cabeça erguida, não tem um centavo que eu tenha usado na minha vida particular que não tenha a legalidade de onde tenha vindo” respondeu Ricardo.



Investigações

O ex-governador é suspeito de chefiar uma organização criminosa responsável por desviar dinheiro público da Saúde e da Educação, gerando prejuízo superior a R$ 1 bilhão. Segundo o Ministério Público, Ricardo Coutinho teria lucrado, sozinho, por meio de propinas, R$ 30 milhões, ao longo de cinco anos na gestão como governador. O dinheiro seria repassado por Daniel Gomes, então chefe da Cruz Vermelha do Brasil, organização social que gerenciava hospitais no estado.

Advogados de Ricardo Coutinho chegaram a ingressar com um pedido de habeas corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em segredo de justiça. Até o momento não existe informação se o pedido foi aceito por algum ministro.

O argumento da defesa, é que os fatos listados na decisão do desembargador Ricardo Vital, relator do processo no Tribunal de Justiça da Paraíba, não são suficientes para justificar a prisão preventiva. E para isso, levanta uma série de pontos, como por exemplo, que a questão da garantia da ordem pública não se justifica, pelo fato de Ricardo não ter mais relações com o Governo do Estado, destacando o rompimento entre ele e o governador João Azevêdo (sem partido).

Da Redação do Blog Ivandney Sena

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