Publicado em: 03/05/2018 20:31:24

Compartilhe Facebook Twitter

Abusos na Universidade: Professoras e alunas denunciam abusos sexuais em universidade da PB - Imagem Ilustrativa
Imagem Ilustrativa
A universidade tem se tornado um ambiente cada dia mais hostil às mulheres, vítimas de violências e abusos diários. Desde semana passada, pelo menos três casos de abusos sexuais foram registrados pelo Fórum de Mulheres da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), coletivo formado por estudantes, professoras e servidoras para cobrar maior investimento em políticas de proteção na maior instituição de ensino do Estado.

Nas redes sociais, universitárias espalham mensagens de denúncia, alertando às demais estudantes sobre o perigo do cotidiano de medo e violências. Os banheiros do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) são as áreas que mais preocupam as alunas e professoras, já que poucos são fiscalizados pela segurança da instituição.

Em visita ao local, a reportagem encontrou apenas dois seguranças pelo corredor que liga CCHLA, Centro de Educação (CE) e Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), complexos que, juntos, abrigam um dos maiores quantitativos de alunos de toda instituição. Os seguranças andavam um a lado do outro, diminuindo, assim, a abrangência da ronda.

Quem circula pela UFPB sente de perto a ausência de políticas de proteção. É o caso da universitária Laís Suassuna, de 23 anos. No 6º período de Jornalismo, ela evita andar desacompanhada em determinados horários. “À noite só vou para casa quando meu pai vem me buscar, porque o caminho para parada de ônibus é escuro e esquisito. A gente tenta andar em grupo, porque sabemos que estamos vulneráveis aqui”, disse.

Outra que traça estratégias de proteção é Luíza Araujo, de 20 anos. Também aluna do curso de Comunicação, ela sente medo de circular pela UFPB, principalmente quando chega o final da tarde. “Aqui não vemos seguranças. As lâmpadas vivem queimadas e os corredores escuros. Dizem que há câmeras de segurança, mas não sabemos se funcionam”.

Amanda Carvalho, 28 anos, estuda Biologia e sente falta de políticas de prevenção à segurança das alunas e professoras. “Eles estão instalando câmeras, mas até onde sei câmera não previne abuso sexual. No máximo ela pode identificar um agressor, mas só depois que eu ou uma amiga estivermos violentadas. Eles precisam investir em prevenção e proteção”, destacou.

Do Portal Correio

Desenvolvido por 7S