Publicado em: 23/08/2018 08:32:40
O candidato a vice na chapa do ex-presidente Lula (PT), Fernando Haddad, participou de agenda política com o governador Ricardo Coutinho (PSB) em Campina Grande, nesta quarta-feira (22). Tratado por correligionários como candidato à Presidência da República, o petista buscou tirar o foco de si. Alegou que integra a defesa do ex-gestor e defende que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acate a liminar concedida pela ONU (Organização das Nações Unidas) e permita que Lula seja candidato. “Terminou hoje (quarta-feira) o prazo de impugnação. Começa o prazo da defesa e o TSE deve dar até semana que vem o veredicto. E nós esperamos que a ONU seja considerada, porque a determinação da ONU é baseada em uma convenção aprovada pelo Congresso Nacional”, disse.
Muito aplaudido por um grupo misto, formado por petistas e socialistas, Haddad rechaçou a condenação do ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. “Acusar um presidente que cobrava por uma palestra o que o Bio Clinton cobrava? Precisar de uma reforma de uma cozinha? O que as pessoas querem que a gente acredite? O Lula tem 50 anos de vida pública. Não nasceu ontem. O povo conhece o Lula de meio século. O homem com vinte e poucos anos era diretor de sindicato. Refundou o sindicalismo no Brasil. Recebe toda terça-feira um líder internacional. Toda vez que eu vou a Curitiba, tem um Prêmio Nobel da Paz, o ex-primeiro ministro não sei da onde, o ex-presidente não sei da onde. Cada hora tem um estadista vindo render homenagem a Lula”, disse.
Durante uma rápida entrevista com repórteres de Campina Grande, Haddad evitou se colocar como candidato a presidente. Disse que está empenhado na defesa do ex-presidente e defendeu por várias vezes a liberdade do petista e a possibilidade de ele disputar as eleições. “Se a ONU está dizendo, tem que cumprir”, disse. E acrescentou: “o povo está aí dizendo que quer votar no Lula. São 48% dos votos válidos no Ibope e 49% no Datafolha. Falta um para ele ganhar no primeiro turno.
Vai abrir mão de um nome desse?”, questionou o petista. Ele alegou ainda que está preparado para ser vice do Lula, buscando fugir da pecha de plano B. “Eu estou, inclusive, trabalhando como advogado dele, para garantir o registro dele”, acrescentou.